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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Congresso tem mais uma semana recheada com explicações de ministros


Denúncias envolvem corrupção, uso de aviões particulares e até pagamento de mesada
Os deputados e senadores ainda estão tentando se adequar ao ritmo de denúncias que envolvem ministros do governo da presidente Dilma Rousseff. Após a queda de quatro deles, outros quatro irão ao Congresso Nacional durante a semana se defender de acusações e mais um pode ter sua convocação aprovada para prestar esclarecimentos.
A bola da vez continua com Pedro Novais, do Turismo. Após ir à Câmara na semana passada, agora é a vez dos senadores ouvirem as justificativas do ministro sobre a crise que se instalou na pasta. Sua audiência na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo está marcada para esta terça-feira (23).
Depois que a Operação Voucher, da Polícia Federal, prendeu 36 pessoas, entre elas o secretário-executivo do ministério, Novais ficou mal visto dentro do governo por não ter conseguido controlar a situação. Na sexta-feira (19), ele chegou a anunciar o afastamento de cinco servidores da pasta.
Enquanto a oposição pede a demissão do ministro, o PMDB, partido ao qual é filiado, tenta colocar água na fervura da crise. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RO), contemporiza apelando para o jantar que os peemedebistas marcaram com a presidente Dilma Rousseff para a noite de hoje.
- Não há motivos para que o ministro Pedro Novais deixe o cargo, ele tem apoio do partido, da base aliada e do governo. Amanhã [hoje] haverá um jantar com os senadores, deputados, ministros do partido e com a presidenta Dilma Rousseff para reforçar a união. O Novais é um homem preparado para o cargo, ele é experiente e maduro o suficiente. Além disso, está pronto para vir a Casa prestar os esclarecimentos que forem precisos.
O sentimento, no entanto, não é compartilhado por todos os congressistas, nem mesmo dentro do próprio PMDB, como relata o senador Pedro Simon (PMDB-RS).
- Não sei porque convidaram o Pedro Novais para ser ministro do Turismo. É uma pasta de extrema importância, ainda mais que teremos eventos importantes como a Copa, por exemplo. O PMDB não está com um racha interno, e quem indica o nome de ministros são três apenas dentro do partido.
Empreiteiras
Outro que entrou na berlinda foi o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações. Segundo a revista Época desta semana, Bernardo e a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, teriam utilizado o avião particular da construtora Sanches Tripoloni. A empreiteira, considerada inidônea pelo TCU (Tribunal de Contas da União), tem obras contratadas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Paulo Bernardo, que foi convidado para falar sobre radiodifusão digital na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, nesta terça-feira (23), pode ser questionado sobre as denúncias, que chegou a negar em nota divulgada pelo ministério. Ressalte-se que o ex-diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) Luiz Antônio Pagot chegou a espalhar nos bastidores que o ministro teria relação com empresas ligadas a obras rodoviárias.
Reforma Agrária
Na quarta-feira (24), os ministros Afonso Florence, do Desenvolvimento Agrário, e Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, vão explicar na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara as denúncias de ocupação ilegal de áreas de proteção ambiental ou de terras destinadas à reforma agrária.
O debate foi proposto pelos deputados Vanderlei Macris (PSDB-SP) e Mendonça Filho (DEM-PE), dentro da estratégia da oposição de pedir explicações a todos os ministros acusados direta ou indiretamente de irregularidades.
As denúncias tratam da ocupação ilegal de áreas de preservação permanente e de áreas destinadas à reforma agrária. De modo geral, as construções obtiveram licença supostamente em troca de propina. Na maioria dos casos, o Ministério Público tenta desocupar as áreas e recuperar o meio ambiente, com ações na Justiça.
Valdemar
A quarta-feira também é dia de o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara instaurar processo contra o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP). A pedido do Psol e do PPS, os deputados vão investigar a atuação do secretário-geral do PR e de pessoas de confiança do parlamentar no Ministério dos Transportes, alvo de diversas denúncias de irregularidades.
Três nomes já foram sorteados para relatar o processo contra Costa Neto: Chico Lopes (PCdoB-CE), José Carlos Araújo (PSDB-PR) e Waldenor Pereira (PT-BA). O presidente do conselho, José Carlos Araújo, informou que vai conversar com os outros parlamentares antes de definir o nome do relator. Na reunião desta quarta-feira, o conselho vai eleger seus 1º e 2º vice-presidentes.
Mesada
A situação de Mário Negromonte, das Cidades, ainda está indefinida. O PPS já disse que quer convocar o ministro para explicar a suposta mesada que estaria distribuindo a deputados do PP. Segundo a revista Veja desta semana, uma ala do partido levou informações a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, de que Negromonte estaria em guerra aberta pelo controle da legenda.
Para conseguir o apoio de deputados, o ministro estaria prometendo uma mesada de R$ 30 mil a parlamentares que garantissem apoio político a ele. Ainda segunda a revista, Negromonte justificou as denúncias como fogo amigo de Márcio Fortes, ex-titular da pasta e atual presidente da Autoridade Pública Olímpica.
O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), garante que as acusações não são verdadeiras.
- A denúncia sobre o ministro das Cidades Mario Negromonte é infundada, aonde se viu tal coisa? Pagar pessoas do próprio partido? Separadamente o valor é pequeno, mas imagina no montante final? Não tem necessidade de ele vir ao Congresso Nacional, porque não há provas sobre isso.
Fonte:
http://www.oriobranco.net


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