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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Seminário em Manaus discute segurança na região amazônica




As discussões irão criar uma 'Carta de Manaus', com um pacote de ações para o setor da segurança, que deverá ser encaminhada ao Ministério da Justiça e da Defesa.
[ i ]Mesa inicial de discussão com o tema 'Segurança e Geopolítica', foi composta por Virgílio Viana (à esquerda) e Elizabeth Sussekind (á direita).
Manaus - Com a finalidade de discutir e repensar as estratégias de segurança para problemas de segurança nas fronteiras e alternativas de uso sustentável da biodiversidade amazônica, a Associação dos Delegados de Polícia do Amazonas (Adepol-AM), realiza o segundo dia do I Seminário Internacional de Segunraça da Amazônia, em Manaus. O evento iniciado na última quarta-feira (17), encerra na sexta (19), com a entrega da "Medalha de Mérito Senador José Bernardo Cabral", à personalidades de destaque na Segurança Pública do Amazonas, em 2010.
Sob coordenação do presidente da Adepol-AM, Mário Aufieiro, a mesa inicial de discussão com o tema 'Segurança e Geopolítica', foi composta pela ex-secretária Nacional de Segurança Pública, Elizabeth Sussekind, e pelo presidente da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Virgílio Viana.
Participam do evento também o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA/MCT), Adalberto Luis Val. A Secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, o diretor presidente da Constantine & Aborn Advisory Services, Richard Aborn, que presta consultoria em segurança pública nos Estados Unidos. O secretário de Justiça e Direitos Humanos do Amazonas, Lélio Lauria. O secretário de Segurança Pública do Estado, Zulmar Pimentel, além de representantes da Polícia Federal (PF), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), da Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), e organizações civis.
Autoconhecimento
Ponto recorrente nas palestras de abertura do evento, tanto de Elizabeth Sussekind, quanto de Virgílio Viana, o essencial para o Amazonas é 'se conhecer'. "Não adianta o Amazonas se abrir, se nós temos problemas de comunicação de um Estado para o outro, de um país para o outro. Se não houver diálogo estamos indo na contramão, repetindo ações que não deram certo no passado", comenta Sussekind.
Viana defende que o conceito de conservação da floresta deve ser repensado para que ocorra a implantação de políticas de segurança mais eficazes no Estado. "Não podemos mais pensar que 'integrar para não entregar', seja o lema, temos que quebrar esse paradigma. Nossa incapacidade como brasileiro, de não fazer uso de nossa biodiversidade, é o maior problema", disse.
Debates
Pela manhã ainda ocorreram dois grupos de trabalho, o primeiro 'Segurança e Socio-biodiversidade', sob coordenação do diretor do Inpa/Mct, Adalberto Val. O segundo, Segurança e Cidadania na Amazônia, sob coordenação do delegado da Polícia Civil, Sandro Sarkis.
Val também defende um maior diálogo entre os países sobre a importância da Amazônia, principalmente dentro do Brasil, onde ela representa mais de 60% do território nacional.
O evento segue durante a tarde com palestras sobre Segurança e Municipalização, com titular da Sejus, Lélio Láuria, e com mais três grupos de trabalho. 'Questões prioritárias nos Municípios Amazônicos', com o Superintendente da Polícia Federal, Sérgio Fontes. 'Guardas Municipais e outros Instrumentos de Segurança Pública', com o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Jorge Vanzuit, e 'Direitos das Mulheres da Floresta', com Lúcia Antony, tratando sobre 'A Lei Maria da Penha', e a titular da Seas, Graça Prola, com a palestra 'Combate a Violência da Mulher'.
Na sexta-feira (19), o I Sisam será aberto pelo governador Omar Aziz, e terá como temática 'Segurança e Comunicação', com palestras dos secretários de segurança pública do Amazonas e do Pará, Zulmar Pimentel e Luiz Fernandes Rocha, respectivamente. Além de mesas de trabalhos com os temas 'Mídia e Segurança Pública', e 'Segurança e Comunicação nas Comunidades'.
As discussões durante os três dias de evento, irão criar uma 'Carta de Manaus', com um pacote de ações para o setor da segurança, que deverá ser encaminhada para conhecimento do Ministério da Justiça e da Defesa. "Serão diretrizes que irão criar as condições de trabalho propostas nas discussões que iremos realizar", explica Mário Aufieiro.
Ausências
Estava previsto que o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, fizesse a abertura do evento na noite de ontem, mas a crise envolvendo a demissão do Ministro da Agricultura, Wagner Rossi, atrapalhou a agenda para a visita à Manaus. Segundo informações da assessoria do Ministério da Justiça, José Eduardo, teria compromissos com a presidente Dilma Russef, na manhã de hoje.
Outra ausente, a ex-Ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, não pode comparecer ao evento. A informação da assessoria é que não houve acordo sobre o cachê que seria pago pela participação no Seminário.
Para a coordenação do avento as ausências, apesar de sentidas, não representam um ponto negativo, já que estão presentes outras autoridades de diversas instituições de representatividade. 

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